Almanaque Voz do Jovem entrevista Bonga




Visando assegurar ensino de qualidade para os alunos da Escola Estadual Isaura Valentini Hanser, assim como o desenvolvimento de suas potencialidades para o exercício da cidadania, a revista ALMANAQUE VOZ DO JOVEM foi criada, abordando editorias que tratam de assuntos como artes, comportamento, esporte, culinária, drogas, entre outros assuntos, sendo esta parte do Programa Jovem de Futuro.

Os alunos Renan Viano Jr. de 17 anos e Weslei Santana Silva de 14 anos foram os responsáveis pela matéria "Graffiti, Arte das Ruas", os quais realizam uma entrevista com o artista Bonga (Editoria Mundo Real - ED. 02 Ano 02 PAG. 11).


Confira esta excelente iniciativa dos professores, coordenadores e alunos em http://issuu.com/almanaquevozdojovem/docs/vdj_almanaque_2015_v7_web__final_

Bonga recebe Prêmio Sabotage na Câmara Municipal de São Paulo





Na noite desta sexta-feira (20/03/15), o artista e arte educador Bonga Mac foi um dos homenageados do Prêmio Sabotage, realizado em sessão solene na Câmara Municipal de São Paulo, às 19h.

A Cerimônia atende ao Projeto de Resolução nº 2/2005, e faz parte da grade de Programação do Mês do Hip Hop do Município de São Paulo, este ano sob o tema "De Las Calles para as ruas SalVe! Abdias Nascimento e rainha Aqualtune".

A premiação foi criada pelo Projeto de Resolução nº 2/2005, com o objetivo de valorizar e fomentar a cultura Hip Hop na cidade, e homenageia destaques em quatro categorias: Melhor Disk Jockey (DJ), Melhor Mestre de Cerimônia (MC), Melhor Grafiteiro e Melhor Dançarino (Break Boy). Muitos foram os artistas indicados, no entanto, os premiados foram DJ La (in memoriam - DJ), Sabotage (in memoriam), Cris SNJ (DJ), Bonga (GRAFFITI) e Carlos Step (BREAK).



Premiados (da esquerda para  direita): Cri SNJ, filha do DJ LA (in memoriam), Carlos Step, Bonga e Tamires (representando seu pai Sabotage)


Ao receber o prêmio, Bonga discursou sobre a ironia quanto ao Estado que premia, é o mesmo que mata. “Entre os dez , os vinte, os milhares de moleques mortos na periferia que a gente sabe. O mesmo Estado que as vezes premia também mata, isto que é louco e contraditório demais. Está na hora da gente se ligar. Ninguém dentro do Hip Hop, do seu segmento, das suas organizações são inimigas, a gente é parceiro. A gente vive em um momento ímpar no Brasil, um momento medonho que as pessoas querem até pedir de volta um os piores pesadelos que o Brasil já teve. Está na hora da gente se ligar e mostrar que a gente pode mais, a periferia deve se levantar e falar olha, tem coisa errada aí".


Em tom de humor, informou sua felicidade ao declarar que nunca ganhou nem rifa na vida e dedicou a premiação a cada painel apagado, destacando cada totalitarismo e às vezes até ignorância de pessoas que acreditam que o outro não têm direito a liberdade de expressão.


Ganhar um reconhecimento é de uma grande satisfação, mas desde que esse venha pelo mérito à sua caminhada e dedicação ao próximo e a si, pois não existe melhor, acredito que sou mais. O ciclo não para! Viva a continuidade, o graffiti, a rua, as cores, pois todos têm direito de se expressar", conclui.

Foto Rodrigo Albuquerque


Fotos Tamires Santana